Santa Casa de Vinhedo

A automedicação, que é o uso indiscriminado de medicamentos sem supervisão ou prescrição de um profissional de Saúde (como um médico ou dentista), é uma prática bastante perigosa. Pode gerar vários problemas ao indivíduo e até levá-lo à morte, segundo o Dr. Omar Abbas, coordenador do Pronto Socorro da Santa Casa de Vinhedo, clínico geral, geriatra e gerente dos médicos do hospital. Tomar remédios indiscriminadamente, segundo ele, é visto muitas vezes como um meio rápido e fácil de aliviar sintomas, mas deve ser evitado.

“Pacientes que utilizam medicamentos fitoterápicos, por exemplo, pensando que são apenas ervas, sem qualquer orientação médica, podem desenvolver hepatite medicamentosa”, disse o Dr. Omar, que também alerta sobre os chás para emagrecer (muitos deles com campanhas publicitárias atraentes e que prometem emagrecimento rápido, mas podem causar danos irreversíveis). “Tomar medicação da vizinha ou da comadre, porque fez bem para ela, é um erro muito comum. Os organismos são diferentes uns dos outros. Só o médico, após fazer exames e conhecer seu paciente, pode saber a dose certa, segura, e o tipo de remédio para curar aquele indivíduo”, emendou o clínico geral da Santa Casa.

São vários os riscos da automedicação. O primeiro é o agravamento do problema que se está combatendo. “O uso incorreto de remédios pode mascarar sintomas e dificultar um diagnóstico preciso”, revelou o Dr. Omar. “Há ainda as reações adversas e os riscos de intoxicação. Medicamentos, mesmo os de venda livre, podem causar reações alérgicas e outros efeitos colaterais indesejados. O uso concomitante de diferentes medicamentos, sem a orientação de um profissional, reduz a eficácia de um e pode aumentar os efeitos colaterais do outro”. É importante ressaltar que, embora existam riscos, nem todos os fitoterápicos são prejudiciais. No entanto, é crucial que os pacientes informem seus médicos sobre o uso de qualquer produto fitoterápico.

OUTROS PROBLEMAS

Dependência e resistência – O uso prolongado ou inadequado de certos remédios, como antibióticos, pode levar à dependência e à resistência bacteriana, tornando-os menos eficazes no futuro.

Lesões de órgãos – Esta utilização indevida pode afetar fígado, rins, estômago e intestino, causando lesões e comprometendo o funcionamento desses órgãos.

Morte – Em casos extremos, a automedicação pode levar à morte, especialmente se a pessoa tiver alguma condição preexistente ou se o remédio for usado de forma incorreta. A automedicação não é uma solução segura e eficaz para tratar doenças.

MAIS DICAS IMPORTANTES

É importante consultar um médico sempre, de acordo com o Dr. Omar, seguir as orientações do profissional de Saúde (sobre a posologia, a forma de administração e a duração do tratamento), não compartilhar medicamentos com outras pessoas, armazenar corretamente os remédios (longe do alcance de crianças e animais) e não confiar em informações falsas ou enganosas (encontradas na internet ou em outras fontes não confiáveis).