GINECOLOGISTA DA SANTA CASA, DR. ADRIANO CHITACUMULA VALORIZA EXAME PRÉ-NATAL E BONS HÁBITOS PARA GRÁVIDAS EVITAREM A PRÉ-ECLÂMPSIA
O problema na gravidez da cantora Lexa, de ampla repercussão em todo Brasil, trouxe a público e à comunidade médica a discussão sobre a Síndrome de Hellp, complicação grave da gestação e uma evolução da pré-eclâmpsia (problema no qual a mulher é diagnosticada com hipertensão arterial e proteína na urina). Para o coordenador do departamento de Ginecologia e Obstetrícia (GO) da Santa Casa de Vinhedo, Dr. Adriano Chitacumula, tanto a mãe quanto os familiares da criança têm que se conscientizar da importância de a grávida realizar corretamente o pré-natal e manter bons hábitos durante a gestação.
Segundo o ginecologista, é através dos exames do pré-natal que o médico tem o controle de tudo que a mulher precisa durante a gravidez para não ter complicações. “A gravidez é um período especial. Exige da mulher o descanso, boa alimentação, não fazer grande esforço desnecessariamente e não consumir bebidas alcoólicas, tabaco e drogas”, reforçou.

Vale destacar que a Síndrome de Hellp tem seu nome formado por letras de suas principais características, traduzidas do inglês: H (hemólise, ou destruição das hemácias), EL (“Elevated Liver Enzymes”, ou aumento das enzimas hepáticas) e LP (“Low Platelets”, ou baixa contagem de plaquetas). Ainda de acordo com o Dr. Adriano, como o diabetes a pré-eclâmpsia pode ocorrer nas mulheres durante a gravidez. A hipertensão também pode ser herdada pela criança. “As gestantes acabam fazendo exames de sangue, urina, HIV e hepatite para o médico ter o perfil obstétrico da paciente. Com eles, já se sabe se a mulher tem tendência ou não de ter algum problema no futuro”.
Para o coordenador de GO da Santa Casa, se a mulher é hipertensa já toma remédio e, quando engravida, a medicação deve ser trocada, para segurança da mãe e do bebê. “É bom alertar que, no Brasil, a hipertensão arterial é uma das maiores causas de mortes, tanto materna quanto infantil. Também contribui para partos prematuros, às vezes pelo deslocamento da placenta”, concluiu Dr. Adriano.