Santa Casa de Vinhedo

As autoridades de Saúde do estado de São Paulo confirmaram em janeiro o primeiro caso de febre amarela em território paulista em 2025. Trata-se de um homem de 27 anos, morador da Capital, que esteve em área rural na cidade de Socorro, próximo à divisa com Minas Gerais, entre 28 e 30 de dezembro. O paciente não tinha histórico de vacinação.

De acordo com o infectologista da Santa Casa de Vinhedo, Dr. André Giglio Bueno, para prevenir a doença é importante as pessoas se vacinarem, principalmente quem mora em locais de mata ou vai viajar para um destes destinos. Neste segundo caso, o indivíduo deve tomar a vacina 10 dias antes do deslocamento. Os moradores de Vinhedo podem procurar qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) para se imunizar, das 8h às 16h. A vacina é gratuita.

“Os sintomas iniciais da febre amarela são dor de cabeça, febre e dores no corpo. O quadro clínico é semelhante ao da dengue e pode evoluir para uma forma mais grave, comprometendo o fígado e resultando numa hepatite grave, que pode ser fatal”, alertou o Dr. André. O infectologista revelou também que a transmissão da doença é feita pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. “Os pais devem ficar atentos à vacinação dos filhos. Crianças de até quatro anos e 11 meses devem tomar a primeira dose aos nove meses e, a segunda dose, com quatro anos. Meninos e meninas que têm cinco anos ou mais, bem como adultos até os 59 anos, recebem a vacina em dose única. A decisão de vacinação acima dos 60 anos deve ser individualizada”, explicou.

A febre amarela é transmitida por mosquitos tanto para o ser humano como para os macacos. Os macacos não são transmissores da doença. “A população não deve se alarmar com o primeiro caso registrado este ano, mas precisa se vacinar. As pessoas que começarem a apresentar febre, dor de cabeça e dor no corpo devem procurar atendimento médico e, caso tenham estado em áreas de mata nos últimos 15 dias, devem se lembrar de passar essa informação ao médico”, completou o infectologista da Santa Casa.