MAESTRO QUE ABRIU TURNÊ DE ANDREA BOCELLI NO BRASIL TOCA VIOLINO NA SANTA CASA
O maestro Ênio Antunes nasceu em Belo Horizonte, mas mora em Vinhedo. Adotou a “Terra da Uva” como sua “nova casa”, quando sua agenda de compromissos permite. Na primeira quinta-feira de cada mês ele e a esposa, Anne Antunes (gestora dos projetos do músico), têm um encontro com os pacientes e colaboradores da Santa Casa. Ênio coloca em prática no hospital a “Música no Leito”, iniciativa da atual gestão do hospital para melhorar a autoestima das pessoas e dar conforto aos enfermos.
Antunes fez a direção musical do concerto de Davide Carbone na abertura da série de shows que, em maio deste ano, celebrou no Brasil os 30 anos da carreira do tenor italiano Andréa Bocelli. “É o ‘Pelé da Ópera’. Alia talento e conhecimento lírico e uma imensa popularidade mundo afora. Foi uma grande honra participar desta turnê”, revelou. “Tive meu trabalho reconhecido nesta celebração. Foi algo coerente e verdadeiro”, emendou.
Há 10 anos vivendo em Vinhedo, Ênio faz questão de dar prosseguimento ao projeto “Música no Leito” na cidade. A ideia, segundo ele, existe há mais de duas décadas, nas quais já visitou hospitais como o AC Camargo e o Pérola Byington, além de unidades da AACD e APAE. “Comecei a fazer este trabalho voluntário com meus alunos. Adoro tocar e ajudar os pacientes. Minha entrega ao projeto é a forma de mostrar meu sentimento. Faço para os outros, de maneira transparente. Não tem valor financeiro que pague”, ressaltou.
O voluntarismo está no sangue do casal Antunes. O maestro é diretor artístico e pedagógico do Programa Tapera das Artes de Cultura em Aquiraz (distrito de Prainha), no estado do Ceará. A iniciativa existe desde 1997 com o objetivo de educar pelo talento. “Os trabalhos filantrópicos que assumo têm como focos a formação através do aprendizado da música e o ‘fazer arte’. Eles me fazem exercer a cidadania de forma plena”, definiu.
CARINHO ESPECIAL
Ênio Antunes tem outro motivo para nutrir carinho especial pela Santa Casa de Vinhedo. “Tive Covid em 2021 e fiquei internado por 24 dias. Meu pulmão ficou 75% comprometido. Fui muito bem assistido no hospital”, finalizou o maestro.
